segunda-feira, 4 de maio de 2020

.................................................. AS CORES SECRETAS DA LUA ..............................



Estamos acostumados com a coloração cinza da Lua, porém seu aspecto vai além do que nossos olhos podem ver. Isso ocorre porque a visão humana é limitada a um curto espaço do espectro eletromagnético, conhecido espectro visível da luz. Fora deste comprimento de ondas, não podemos enxergar. Isso vai acima do infravermelho e abaixo do ultravioleta. A imagem “colorida” do nosso satélite parece ficção aos nossos olhos, pois não estamos acostumados a “enxergá-lo” dessa forma, mas, se nossos olhos fossem mais nítidos e sensíveis a outras faixas do espectro eletromagnético poderíamos visualizar nossa Lua de formas distintas.
Esta foto da Lua apresenta detalhes de como poderíamos vê-la caso nossos olhos e cérebros fossem muito mais sensíveis a outros comprimentos de ondas.
As diferentes colorações na nossa imagem saturada, tem origem nos metais que compõe a Lua e nos é útil para interpretar a composição da superfície do solo. As regiões em azul (atentar ao azul bastante escuro) contém mais titânio que as regiões alaranjadas, com níveis reduzidos de titânio no basalto. O Mare Tranquillitatis de coloração azul intenso é mais rico em titânio que o Mare Serenitatis. As áreas azul e laranja que cobrem grande parte do lado esquerdo da Lua nesta vista representam fluxos de lava separados no Oceanus Procellarum. As pequenas áreas magenta/violeta, encontradas perto do centro, são depósitos piroclásticos formados por erupções vulcânicas explosivas. A jovem cratera Tycho, com um diâmetro aproximado de 85 quilômetros (53 milhas), é proeminente na parte inferior da fotografia, com superexposição.
 Esta fotografia foi registrada pelo Observatório Dumont, resultado de um mosaico de 12 quadros com cerca de 700 frames cada totalizando um empilhamento de cerca de 8500 frames, com uma camera ASI 120MC, em foco primário com telescópio Skywatcher 200mm.


          Uma foto semelhante foi registrada, porém com saturação mais intensa e detalhada, pela sonda Galileo em 1992 e pode ser consultada em:








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